Eu sou um herege da Gestão do Tempo!
Recentemente percebi que estou ensinando um paradigma paradoxal e totalmente invertido sobre gestão do tempo.
O modelo antigo parece estar nos dizendo para externalizar as coisas grandes (prioridades) e deixar as pequenas coisas espalhadas internamente (na memória RAM psíquica). Deveríamos escrever nossas listas de tarefas diárias. Essas são as suas dez principais coisas a fazer. Trabalhe na tarefa um até terminar e depois vá para a tarefa dois. Deveríamos categorizar em nossas listas as prioridades A-B-C e trabalhar primeiro nas As. E, ah, os pequenos pensamentos e detalhes não tão críticos – quem se importa?
Eu virei isso de cabeça para baixo. Eu ensino que precisamos externalizar os detalhes e internalizar a priorização. Precisamos ter uma lista de tarefas da vida total capturada objetivamente, desde os pontos mais amplos até os mínimos detalhes das coisas que precisamos ou queremos fazer. E então tomar decisões momento a momento sobre o que fazer a qualquer momento, com base em nossa intuição interna.
Precisamos galvanizar esse processo intuitivo, com visitas regulares ao nosso conhecimento interior e aos nossos objetivos e sonhos externos num horizonte mais elevado. Mas então devemos permanecer infinitamente flexíveis e espontâneos nas nossas escolhas minutos a minuto.
É um paradoxo: as pequenas coisas da vida precisam ser capturadas, esclarecidas e organizadas para que não nos incomodem. As grandes coisas precisam ser entregues à parte mais interior e reflexiva de quem somos, para garantir que elas realmente recebam o peso que merecem.
Definição HEREGE: O que ou quem adota ou sustenta doutrinas próprias e/ou contrárias a maioria. Segundo o que David diz no texto, ele vai contra as convenções tradicionais da gestão do tempo, ele propõe uma abordagem diferente. Por exemplo: A maioria das pessoas priorizam as tarefas maiores deixando os pequenos detalhes de lado e o que ele propõe é que tudo seja capturado para que você consiga ter clareza e defina as prioridades em cima de tudo que você tem.
Por: David Allen