Pergunte ao Daniel: como ser um bom pai e um gestor produtivo?
Será que existe uma receita mágica? O que conseguimos foram alguns bons conselhos que valem a espiada.
Quanto maior a responsabilidade do cargo que ocupamos, maiores os riscos em cada decisão, mas até mesmo as funções com menos responsabilidade na empresa exigem grande dedicação, pois perder o emprego que sustenta a família é um risco que ninguém quer correr.
Sabemos que nossos filhos contam conosco. Bem mais que apenas para o sustento financeiro, eles esperam carinho, atenção, orientação, cuidados, educação e principalmente companhia. Afinal, não basta ser pai, tem que participar.
Buscando uma solução para esse impasse, a grande maioria dos profissionais com família caminha a maior parte do tempo pendendo desequilibradamente para um dos lados e sentindo um sofrimento psíquico nem sempre real.
Examine cuidadosamente estas dicas para agir no sentido de sentir-se mais próximo do equilíbrio.
Avalie suas escolhas
Ninguém constitui família por determinação de lei. Também já foi o tempo em que o pai da noiva ameaçava o futuro genro com uma arma nas mãos. Se nós estamos hoje com um filho sob nossos cuidados, na maioria massiva dos casos, esta foi uma escolha nossa. Por que mesmo fizemos esta escolha?
A escolha da empresa em que estamos trabalhando também não foi aleatória. Decidimos aceitar este emprego por um bom motivo, seja ele qual for.
Decidir por uma coisa é abdicar de outras tantas incompatíveis, mas trabalho e família podem conviver pacificamente. Não são incompatíveis, muito pelo contrário, são complementares.
Quando escolhemos ter uma família, também assumimos o compromisso de cuidar bem dela. Quando decidimos trabalhar com muito empenho, nossa motivação é o conforto da família. Um apoia o outro. Quando isso não está ocorrendo, é hora de reavaliar e reescolher. Saiba exatamente o que você quer ou quem gostaria de ser.
Atribua valores
Algumas coisas nos parecem mais valiosas que outras. Ainda que nossa opinião vá mudando com o tempo e a experiência adquirida, neste momento você precisa saber exatamente qual o valor de cada uma. Observe-se com mais cuidado para perceber isso. Sua resposta para esta pergunta é única, ninguém está mais qualificado que você para definir e atribuir o valor das coisas e pessoas a sua volta. Esta clareza de valores pode trazer uma tranquilidade incalculável: você vai saber exatamente porque escolheu isso e não aquilo.
Aceite o preço
Caso não esteja disposto a todo trabalho proposto acima, o preço poderá ser perder sua saúde, família ou emprego. Se escolher fazer e não enxergar um valor equilibrado entre trabalho e filhos, poderá perder um em função do outro. Caso encontre valores equivalentes para ambos, o preço será seu empenho para dedicar-se de maneira equilibrada. Tudo tem um preço.
Peça ajuda
Todos somos ignorantes, só que em assuntos diferentes. Sempre existe alguém com mais jeito ou competência para lidar com as situações que você vem encontrando dificuldades. Busque quem são estes melhores que você e peça ajuda. Pode ser um coach para gestão do tempo, uma psicóloga, um terapeuta. Até os profissionais de tecnologia e as babás podem dar uma mãozinha nesta questão e contribuir para que encontre um maior equilíbrio entre produtividade na empresa e atenção à família. Não alimente o conflito, vá resolvendo um a um.
Um dos mais importantes conselhos que já recebi nesta questão foi: seja o melhor que puder, um de cada vez, só depois experimente juntá-los. Para tentar colocar isso em prática, eu precisei passar um bom período experimentando cada um de maneira plena, até formar minha opinião a respeito do que poderia ser considerado bom o suficiente. Confesso que venho tentando juntá-los já há bastante tempo e começo a acreditar que não existe uma solução final, apenas ajustes diários que são construídos com dedicação e paciência durante o caminhar.
Acredite, tudo muda o tempo todo, sempre é tempo de recomeçar.
Abraços,
Marcia.Sisi@CallDaniel.com.br
Especialista em Gestão do Tempo e Produtividade.
Imagem: maisdinheironoseubolso.com