Nosso ritmo de vida alucinante
Já parou para pensar o quanto seu cérebro interfere nisso? O que está ajudando ou atrapalhando nosso modo de vida atual? Nossa mente, a tecnologia, a ciência. Nossas escolhas estão nos fazendo mais felizes ou mais estressados? Mais sadios ou mais insanos? Nosso atual ritmo alucinante de processamento de informações está moldando todos os demais aspectos de nossa vida sem nos darmos conta disso. Até há algum tempo atrás o volume de informações que consumíamos era muito menor. Não só em quantidade como em velocidade. Hoje em dia nosso cérebro vem absorvendo um volume muito maior, principalmente em função da internet.
Esta velocidade vem se refletindo no tempo que dedicamos a tudo mais. O almoço, o bate papo, a produção na empresa. Tudo parece ter adquirido uma urgência diferente. Essa “evolução” pode estar colocando em risco a nossa sobrevivência, a nossa sanidade.
Manter sua sanidade neste furacão não é fácil. Vem o estresse, a depressão.
“…A depressão é um problema sério hoje, em boa parte porque a vida se tornou muito estressante. A depressão não é um problema genético, mas um problema cultural…” diz o psiquiatra inglês Peter Whybrow num artigo para o Ciência Hoje.
A tecnologia ajuda ou atrapalha?
Não é fácil responder esta pergunta com afirmações categóricas porque os estudos são muito recentes. Existem muitas frentes tentando apoiar o avanço tecnológico face ao seu alcance da informação. A tecnologia nos proporciona um acesso a informação antes inimaginável. Quebra barreiras de distância e volume. Nossas crianças certamente já não são mais as mesmas. Nem nós. Outros grupos preferem manter-se mais cautelosos e minimizar os efeitos tecnológicos nas novas gerações, mantendo-as o mais afastadas possível.
Provavelmente, nem tanto ao céu, nem tanto a terra. Um equilíbrio na exposição à tecnologia, tanto de adultos como crianças proporciona um “caminho suave” neste contexto. Encontrar esta receita equilibrada é que tem sido o x da questão. Aproveitar sua clara utilidade de maneira crítica e responsável, sem exageros, deve ser um ponto importante a se considerar se pretendemos sobreviver a ela.
A ciência poderia resolver os novos impasses?
Whybrow mostra-se preocupado com nossa visão geral, imediatista, que acredita em usar “as drogas” para sermos mais inteligentes ou menos depressivos. As alterações químicas podem fazer parte do problema tanto quanto da solução, parte, não resolvem tudo sozinhas.
A cada dia a ciência anuncia novas descobertas e possíveis caminhos. Pelo menos tem sido “honesta” o suficiente para se contradizer e anunciar que erra, fazendo novas recomendações. A nós, pobres mortais, resta apenas permanecer atento e bem informado para mudar as práticas rapidamente. Seguindo sempre os últimos conselhos, teoricamente mais “certos” que os anteriores.
Afinal existe uma fórmula ideal para melhorar nosso modo de vida atual?
Aparentemente andamos em círculos nesta questão já há algum tempo. Apesar de todos os avanços tecnológicos e científicos sempre que paramos para pensar em “sobrevivência” lembramos de termos como ecologia, sustentabilidade, eco sustentabilidade…
Reciclagem, economia energética, alimentação saudável. Equilíbrio. Então, com uma visão otimista vou sugerir que pensemos em melhorar nossa qualidade de vida começando com pequenas consciências e atitudes que certamente podem fazer toda a diferença em sua rotina hoje mesmo.
Para um primeiro passo recomendo esta série Consciente Coletivo que faz reflexões sobre os problemas gerados pelo ritmo de produção e consumo de hoje. Tudo de um jeito simples e divertido. Entre os assuntos estão sustentabilidade, mudanças climáticas, consumo de água e energia, estilo de vida, entre outros, que permeiam o universo da consciência ambiental.
Divirta-se em família com esta seleção de vídeos animados.
Abraços
Marcia Sisi
Especialista em gestão do tempo e produtividade
http://calldaniel.com.br