Você já percebeu que, não importa quão grande seja a sua camisa dizendo “Sou do TIME” que você esteja vestindo, ninguém está com você?! Que para você fazer o que precisa ser feito não há muitas pessoas ao seu lado garantindo que suas ações e projetos específicos aconteçam? Você já teve a sensação de que precisa se prender com a sua vida aos seus projetos e objetivos contra um furacão de eventos e outras pessoas tentando definir e realizar seus próprios mundos?

Parece se tratar da natureza da maior parte dos trabalhos relacionados ao conhecimento que as coisas cheguem ao nosso quadrado ainda, de certa forma, indefinidas—qual é o resultado, a quem pertence e quais são as ações para fazer isso acontecer. Quando falo “coisas”, estou me referindo aquilo que sabemos que conseguiríamos/poderíamos/deveríamos fazer algo a respeito, mas não temos certeza exatamente do que se trata ou do que fazer para começar. Nós saímos de reuniões, lemos e-mails e encerramos conversas com esse mesmo sentimento corrosivo de que precisamos resolver algo ou tudo ao mesmo tempo.

O problema é que a maioria de nós nunca tivemos o treinamento ou a experiência para lidar com essa síndrome de forma eficiente. Crescemos em um mundo onde você ia para o trabalho e o trabalho a ser feito era visível e óbvio. Quando você se casou, os papéis eram claros. Os negócios e a ordem social permaneceram estáveis por tempo suficiente para realmente influenciar a familiaridade com que fazemos e com quem fazemos as coisas. Nós tínhamos o luxo de não precisar constantemente (e por conta própria) criar as coisas e decidir o que fazer. 

Agora, precisamos nos elevar ao patamar de redefinir consistentemente o que precisa acontecer e o que precisamos fazer para que isso aconteça. E temos que fazê-lo sob nossa responsabilidade. Quase que diariamente eu observo pessoas sofrerem o estresse criado pela expectativa de que os outros, ou a “situação” deixem claro para elas o que fazer. No entanto, mesmo que esses “outros” comuniquem bondosamente suas próprias versões do que fazer…Bendita seja a criança que tem a sua própria!!!

As melhores equipes e relações, na minha experiência, são aquelas em que todos os jogadores reconhecem que estão sozinhos no empreendimento, mas juntos na jornada.

É assim que podemos realmente ter a vivência de equipe…e funcionar como uma.

 

Texto: David Allen

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