A Perceived Stress Scale (PSS), ou Escala de Estresse Percebido, como chamamos aqui no Brasil, foi desenvolvida para que se possa medir em que grau de estresse estão as situações na vida de alguém. O nível de estresse é medido conforme as pessoas percebem que suas demandas são maiores do que elas são capazes de lidar.

Desenvolvido em 1983 por Sheldon Cohen, Denise Deverts, Melissa Zajdel e Brian Chin o PSS se tornou um dos instrumentos mais utilizados na psicologia para medir o estresse dos pacientes. Ele conta com dois marcadores biológicos de estresse – as concentrações de cortisol no sangue e na saliva, um hormônio que participa em todas as etapas da resposta de estresse. A escala ainda prevê o aumento do risco de doenças em pacientes com determinados níveis de estresse. Confira o nosso post e entenda melhor o que é o PSS!

Como é medida a Perceived Stress Scale

A PSS mede o estresse psicológico de um paciente levando em conta informações como gênero, idade, escolaridade, renda, situação profissional e uma série de outros dados demográficos. Essa escala apresenta bastante confiabilidade e já foi correlacionada com diversos eventos da vida, com a sintomatologia depressiva, com a utilização dos serviços de saúde e de ansiedade social.

Sheldon Cohen e seus companheiros de laboratório, responsáveis pelo estudo da PSS, estudam o papel que os fatores psicológicos e sociais têm na saúde das pessoas. Existe uma grande possibilidade de que o estado psicológico de uma pessoa possa afetar diretamente o seu sistema imunológico, afetando a capacidade do organismo de combater as doenças infecciosas.

Mind – Programa para redução do Stress com a prática da Meditação da Call Daniel  – faz uso da PSS. No dia do treinamento, mede-se o nível de stress dos participantes e após 4 semanas faz-se uma nova medida para averiguar se o treinamento auxiliou na queda do Stress. E os resultados têm se mostrado muito consistentes, havendo uma redução em média de 25% no PSS dos participantes

O estudo da PSS

Segundo a PSS, o estresse agudo é capaz de alterar a função imune do nosso organismo e esses efeitos podem ser mediados através de uma ativação do sistema nervoso simpático. Isso foi comprovado na primeira fase do estudo de Cohen e seus colegas de laboratório.

Já na segunda fase do estudo, que foi realizado voluntários, pôde-se notar que o estresse e os laços psicológicos sociais estão relacionados com a capacidade de resistirmos a resfriados comuns. Na terceira fase do estudo foram analisadas as relações entre as situações cronicamente estressantes, a inserção social e a função imune do organismo.

Outros estudos de laboratório e de campo também foram realizados e continuam a ser realizados até hoje para que se possa compreender melhor como os fatores psicossociais estão diretamente relacionados com os fatores biológicos e a suscetibilidade a doenças.

A pontuação da PSS

Uma pessoa que tenha uma maior pontuação em seu nível de estresse e que sofra de estresse crônico, por exemplo, pode ter as seguintes consequências em seus marcadores biológicos:

  • Envelhecimento precoce;
  • Variação nos níveis de cortisol;
  • Variação na capacidade imunológica para se defender de doenças infecciosas;
  • Correlação entre o estresse percebido e sintomas depressivos;
  • Dificuldade na cicatrização de feridas;
  • Variação dos níveis de Antígeno Prostático Específico (PSA), nos homens, o que pode causar câncer de próstata.

Os níveis de estresse podem ser bem prejudiciais à saúde, por isso, prestar atenção ao nível de estresse, aos sinais do corpo em um momento de pressão emocional e ao PSS é fundamental para o seu bem-estar.

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