A questão do suicídio é algo de extrema importância e relevância, merecendo nossa atenção durante todo o ano. No entanto, neste momento, gostaria de abordar um aspecto que precede esse desfecho extremo, algo que muitas vezes não é compreendido: nossas emoções.

Aqueles que chegam a considerar tirar a própria vida geralmente estão buscando uma forma de aliviar uma dor profunda e, por vezes, extremamente confusa. É essencial compreender e acolher essa dor que muitas vezes permanece oculta.

A vida pode nos desafiar com dores que começam pequenas e vão crescendo, ou que nos atingem como uma avalanche constante. Mas não importa a intensidade, é preciso entender esses processos internos. Nossas emoções são como uma bússola, um termômetro interno que comunica diversas coisas.

Por mais desconfortáveis que possam ser algumas emoções como: medo, raiva, nojo, tristeza, elas têm um propósito importante. Na verdade, é comum rotular algumas emoções como “ruins”, porque elas trazem um certo incômodo, mas todo desconforto vem para comunicar crescimento ou um sinal de alerta/atenção.

  • Crescimento – porque crescer exige esforço. O cérebro gasta muita energia ao aprender algo novo e faz de tudo para poupar-se. Lidar com o novo, o diferente assusta e é desafiador.
  • Alerta/atenção – as vezes a emoção vem como um sinal de alerta, por não caber em determinados espaços, grupos ou situações. Como um “perigo” eminente. Aqui o alerta vem como um convite para seguir e mudar a trajetória.

Infelizmente, raramente aprendemos sobre emoções em escolas, grupos religiosos ou comunidades. Muito embora exista uma abertura maior atualmente (iniciativas, livros e filmes que nos tragam referência) ainda é comum não valorizar ou aprofundar. As vezes estamos ocupados demais para dialogar com o que sentimos.

Quanto mais familiarizados estivermos sobre nossas emoções, mas assertivos seremos em entender, nomear e acolher este belo termômetro. E ainda que você julgue lidar bem com as emoções, aprofundar neste conhecimento pode salvar vidas. Algumas referências para consumir e manter no radar do dia a dia.

  1. Emocionário – um livro da categoria infantil, mas valioso para qualquer idade. O emocionário traz uma breve explicação de onde vem determinada emoção, o que se costuma sentir a respeito da emoção e o que ela pode gerar.
  2. Divertidamente – filme da Disney para assistir inúmeras vezes na vida. Ele relata de forma lúdica o momento que cada emoção toma o protagonismo.
  3. Processos de autoconhecimento.
  4. Ter pessoas queridas e de confiança para se abrir, ser vulnerável. A fala ajuda perceber o que sentimos. Traz nitidez a algumas ideias.
  5. Sentindo necessidade, a psicoterapia é uma forte aliada. Aqui a busca por profissionais qualificados, torna-se indispensável.
  6. Aproximar-se da arte: música, pintura, dança, atuação. Arte é vida e vida é arte.

Vamos aproveitar este mês para nos aproximar das nossas emoções e inspirar outras pessoas a fazerem o mesmo! Compartilhe suas experiências nos comentários, quem sabe você não ajuda alguém a transformar sua vida? Juntos, vamos construir um futuro mais emocionalmente saudável e pleno de significado. Setembro pode ser o mês de transformação!

Por: Marta Oliveira – Call Daniel

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