Esta é a reflexão da semana do David Allen, traduzida livremente por Thais Godinho do livro “Ready for anything”…

Se você estiver consciente, sua mente não tem como estar vazia – ela estará sempre focada em alguma coisa. Mas se tem apenas uma única coisa em que você esteja focando, então você estará “na sua zona”. Não haverá distinção entre trabalho e brincadeira, intensidade e relaxamento. É tudo o mesmo Tudo apenas será, simplesmente. “O que vem agora, e qual é a próxima coisa?”

Nota da Thais: Esse conceito de “zona”, em português, pode parecer meio esquisito porque, aqui, associamos zona com bagunça. O que o David diz, quando fala em “zona”, é um estado de concentração. Quando eu quero me concentrar, costumo dizer que entro na “Thaisolândia”. Essa é a “minha zona”. Estou concentrada, focada, apropriada engajada em algo, uma única coisa, seja qual for. Quando usarmos “zona” neste texto, então, estamos nos referindo a isso.

 
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A qualquer momento, dar atenção plena àquela única atividade que está à sua mão é uma marca de alta performance. Isso é relativamente fácil quando você se engaja em algo que é sem dúvida alguma prioridade TOP. E você pode chegar a esse estado sendo tanto pró-ativo quando reativo. Você pode se identificar tanto com o que quer realizar que nada mais pode deter sua atenção dessa questão tão importante que está trabalhando, quanto consegue alocar todas as suas forças para lidar com alguma crise que apareça na sua vida.

Mas enquanto as pessoas estiverem em circunstâncias apenas reativas, elas estarão provavelmente preocupadas com todas as outras incompletudes de suas vidas e do seu trabalho. A tendência é que se ocupem com o que está acontecendo aqui e agora. Podemos dizer que é uma arte permanecer “na zona” o tempo todo – manter a quantidade apropriada de atenção focada na coisa mais apropriada, da perspectiva mais apropriada, dentro da duração de tempo mais apropriada. Nada mais, nada menos do que isso. Então reajuste o foco para a próxima coisa, da mesma maneira, com 100% da sua energia positiva criativa.

 

Isso é como um estado zen de produtividade, quando você lida com o que estiver presente de uma perspectiva que é tanto separada quanto totalmente engajada. É o estilo executivo definitivo – mostrar, integrar, pensar, decidir e despachar, inteligentemente informado por resultados, visões e padrões internalizados. Você não se preocupa com nada antes e depois. Tudo está limpo, claro, preciso e sem resíduos. Sem ondulações na água.

Mas como você chega lá? E, uma vez nesse estado, como você se mantém? Isso tem muito a ver com a confiança em um jogo maior e na sua habilidade de se identificar ele. E também com o fato de ser totalmente sincero com os acordos que faz consigo mesmo, o que pode existir em múltiplos níveis da sua existência e podem ser muito sutis.

 

E como você poderia ter toda essa clareza de foco se existirem quaisquer incompletudes deixadas não gerenciadas direito e renegociadas com você mesmo? Será que sacrificar detalhes menos-que-imediatamente-críticos são a maneira definitiva de experimentar a riqueza da vida? Ou é apenas uma cura temporária, que evita a responsabilidade por compromissos que em algum momento vão voltar para te assombrar?

 

David: “Eu tenho treinado muitos executivos, de diferentes tipos, que não se identificam como pessoas estressadas. Mas, sem exceção, quando eles capturam, esclarecem e organizam todos os seus laços abertos em um sistema objetivo e controlado, eles se sentem “muito melhor”. Então como eles se sentiam antes? Bem? Talvez, mas obviamente não tão bem quanto poderiam.”

 

Quão importante é ter controlado todas as outras coisas exceto o que você está fazendo agora? É realmente possível bloquear tudo e não ser afetado por nada que não seja aquilo que você esteja focado no momento? Obviamente sua mente consciente pode estar consciente sobre apenas algumas poucas coisas em qualquer ponto no tempo, e o restante habita alguma prateleira psicológica em algum lugar.  Mas será que você realmente conseguirá compartimentar sua psique para que então você não seja negativamente afetado por nenhum dos outros aspectos da sua vida e do seu trabalho que não estejam claros, decididos ou organizados como efetivamente deveriam estar?

 

O que te leva a absolutamente confiar em si mesmo e no que você está fazendo – o tempo todo?

 

Por sinal…

 

– Quando foi sua última experiência estando “na zona”? Você sabe como chegar lá?

– O que está te impedindo de estar totalmente presente hoje, com o que quer que você esteja fazendo? O que você poderia fazer para lidar com isso?

– Você se encontra de vez em quando fazendo coisas para evitar fazer outras?

 

 

Boa semana.

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