Fomentar um ambiente de trabalho colaborativo com relações interpessoais harmoniosas é um desafio para qualquer organização. Conflitos sempre existem. Afinal, onde há pessoas reunidas podem surgir divergências e antipatias pessoais naturalmente. No entanto, é possível que sua empresa alcance um clima organizacional positivo com algumas táticas, como a Comunicação Não-Violenta.

Esse tipo de abordagem estimula a empatia e o bem-estar. Vamos conhecê-la melhor? Acompanhe as próximas linhas!

Quais os fundamentos da comunicação não-violenta?

Nos anos 1960, o psicólogo norte-americano Marshall B. Rosenberg criou o processo de comunicação não-violenta (CNV), que busca facilitar o diálogo entre as pessoas a partir da observação e da empatia. No âmbito corporativo, o objetivo é conseguir melhorias no clima organizacional e na produtividade da empresa, sem humilhações, ofensas, coações e ameaças a nenhum colaborador.

Segundo Rosenberg, a base da CNV é a integração de 4 posicionamentos:

  1. Consciência: conjunto de princípios para uma vida de compaixão, colaboração, coragem e autenticidade.
  2. Linguagem: perceber que as palavras aproximam e distanciam pessoas.
  3. Comunicação: saber expressar desejos, ouvir o outro mesmo em desacordo e avançar para soluções eficazes.
  4. Meios de influência: compartilhar o “poder” com outros em vez de usar “poder sobre os outros”.

A partir disso, a ideia é oferecer aos colaboradores de todos os níveis hierárquicos habilidades de comunicação que transformem o ambiente de trabalho em um lugar melhor e atinjam resultados como:

  • Fortalecimento da lealdade;
  • eficiência na resolução de conflitos internos;
  • diminuição do estresse, ansiedade e absenteísmo;
  • aumento da produtividade de cada colaborador;
  • promoção do crescimento pessoal.

Quais os passos para a CNV funcionar?

A CNV consiste na absorção dos seguintes elementos-chave. Confira.

Observar sem julgamento

Evitar julgamentos é muito difícil, mas quando surgir algum problema é preciso dizer o que aconteceu de forma clara (baseando-se no fato) e sem generalismos. Por exemplo: “Você chegou atrasado 3 vezes nesta semana”, em vez de “Você sempre se atrasa!”. Ou ainda, “Gostaria que você não utilizasse o celular durante nossas reuniões, pois preciso de suas contribuições”, em vez de “Você só mexe no celular na reunião e não me ajuda”.

Dar nome aos sentimentos

Saiba determinar o que sente quando alguma situação desagrada e enfatize isso a seus pares. Isso ajuda que eles compreendam sua posição e cria empatia. Mas lembre-se de que você não pode culpar ninguém por seus sentimentos. Essa é uma questão sua. Afinal, todos somos vulneráveis. Sendo assim, seja claro com frases como: “Toda vez que você deixa de entregar algo no prazo me sinto inseguro”.

Identificar as necessidades e expressá-las

Nesse passo, tenha um olhar interno para determinar quais necessidades despertam certos sentimentos. Por exemplo: “Quando você grita, fico muito nervoso. Peço que me respeite, por favor”. Por outro lado, a empatia aumenta quando você tenta descobrir o que leva o outro a agir dessa forma e quais necessidades ele gostaria que fossem atendidas.

Fazer pedidos claros e viáveis

Para resolver o conflito, seus pedidos devem ser claros e factíveis. Não diga frases como: “Exijo que não grite!”. Prefira “Por favor, utilize um tom de voz mais baixo ao falar comigo”. Mas o principal é, ao final da conversa, certificar-se de que ambos tenham a mesma compreensão dos fatos. Encerre perguntando se o outro realmente entendeu o que foi dito.

Por que a CNV contribui para o clima organizacional?

Como você percebeu, o objetivo da comunicação não violenta é fortalecer vínculos. Sendo assim, implicitamente está o valor das relações interpessoais saudáveis. A partir do momento que os colaboradores se sentem motivados a desenvolver a empatia e a compaixão, o clima melhora, o nível de satisfação aumenta e a produtividade cresce. 

Isso porque o engajamento das pessoas com seu trabalho depende principalmente de um ambiente em equilíbrio, onde elas se sintam felizes e respeitadas.

Consagrada em todo o mundo, a Comunicação Não-Violenta pode ser aplicada em sua empresa desde já. Você verá como as relações harmoniosas fazem total diferença para a resolução de conflitos que muitas vezes são simples, mas que podem impactar o cotidiano.

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