Estamos continuando o envio das 52 reflexões semanais do David Allen, traduzidas livremente do seu segundo livro, “Ready for anything”, onde ele traz textos para aprofundamento no GTD. Nossa querida Thais Godinho teve a brilhante ideia de compartilhar com o time da Call Daniel e nós estamos tomando a liberdade de enviar a cada semana para todos os assinantes do Blog “Dicas Call Daniel”.

O texto desta semana é profundo e pode mexer com alguns de vocês assim como mexeu comigo. Sugestão de trilha sonora para leitura do texto: ‘Aquarela’, Toquinho https://www.youtube.com/watch?v=-Gsdp2zSCjY

A corrente não flui em canos bloqueados. Limpe seus canos, e o raciocínio produtivo quase acontecerá por si só.

 
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O David fala o tempo todo sobre tirar as coisas da mente. E mesmo os participantes e usuários mais entusiasmados com o GTD ainda resistem a essa prática. Mesmo sem perceber, eles voltam a deixar as coisas se acumularem na mente. Sabemos que nossa mente tem espaço limitado e que o que armazenamos lá ou é esquecido ou nos atormenta o tempo inteiro – então por que ainda fazemos isso?

Porque existem razões mais profundas envolvidas. Porque temos coisas que não nos permitimos pensar com o propósito de tomar decisões. Mantemos na mente porque, quando escrevemos, se torna real. Algumas pessoas têm uma angústia guardada lá no fundo que é a última coisa que elas querem lidar no momento – confrontar aquilo.

Mesmo assim, manter coisas não capturadas na mente, não esclarecidas, não processadas, cria estresse desnecessário. Se nós capturamos o que está em nossa mente, tendo pensamentos construtivos sobre essas coisas logo em seguida, nós podemos conhecer os limites das nossas capacidades. Se não fizermos isso, vamos nos pegar pensando ou dizendo coisas como: “oh, eu poderia me expressar de maneira melhor, ser mais criativo, brilhar mais, ser mais dinâmico, mas porque eu abracei mais responsabilidades do que eu posso aguentar, eu apenas não consigo demonstrar nada disso no momento.” É engraçado o tipo de jogo que podemos fazer com nós mesmos.

Um princípio-chave em nossa metodologia é: escreva tudo, pense sobre tudo, decida o que precisa ser feito sobre tudo, e gerencie as opções de tudo em um sistema externo que você possa revisar consistentemente. O fator tudo pode ser maravilhosamente revelador.

A surpresa maravilhosa é que, quando você lida com todas essas coisas à sua frente, o resultado não é intimidador. É libertador. Liberta a pressão e faz surgir uma auto-estima maior porque você começa a operar diretamente da sua fonte de criatividade, e não do efeito criado por ela.

Um dos grandes desafios que devemos encarar em determinado ponto da nossa vida é que o nosso senso de auto-estima não pode se basear unicamente no inventário de coisas que já criamos, como se fosse tudo o que existe (“as coisas são assim e pronto”).  Se tudo o que criamos até aqui desaparecesse de repente, nós precisamos ter a habilidade de recomeçar a desenhar do zero aquilo que queremos ou precisamos. Nós precisamos saber que não importa o quão concluídos pensemos que estejamos – nós não terminamos até dizer que concluímos.

Trilha sonora para o final do e-mail: ‘Metamorfose ambulante’, Raul Seixas

https://www.youtube.com/watch?v=7VE6PNwmr9g

 

Por sinal…

  • Há duas décadas, você poderia imaginar tudo o que você experimentou e alcançou em todos esses anos desde então?
  • Você pensa que aquela corrente pode estar fluindo de forma mais devagar para você? Seus canos estão limpos?
  • Você está preparado para desfilar em uma parada maior?

Boa semana!

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