O estresse é conhecido como um dos males do século e tem a rotina agitada e as cobranças das responsabilidades como grandes responsáveis. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 90% da população mundial sofre com a condição. Quando não tratado, pode levar a algumas doenças, como ansiedade, depressão, gastrite, infarto e até a alguns tipos de câncer.

No entanto, o que é estresse e quais são seus sintomas? Essa condição representa uma reação do sistema nervoso a qualquer situação externa que o corpo encare como uma ameaça. A partir de então, ele pode liberar uma série de hormônios, como adrenalina e cortisol  substâncias responsáveis por alertar o corpo em emergências.

Neste artigo, você vai descobrir quais são os sintomas do estresse e como detectar a condição. Continue a leitura para saber mais.

O desenvolvimento dos sintomas

O indivíduo estressado pode desenvolver uma série de sintomas que sinalizam a situação. Porém, dificilmente ele terá consciência de que está passando por um momento do tipo, já que essa condição não permite que a pessoa tenha equilíbrio suficiente para parar e avaliar seus sintomas e sensações.

Os sintomas do estresse são inúmeros e podem afetar as partes cognitiva, emocional, comportamental e física. É importante ficar atento aos sintomas e verificar se acontecem com frequência ou se são somente questões pontuais. No caso da primeira alternativa, é preciso procurar ajuda.

Sintomas cognitivos

Os sintomas que afetam a parte cognitiva do indivíduo com quadro de estresse podem ser relacionados a problemas de memória, dificuldade em manter a concentração, ansiedade excessiva, pensamentos acelerados, visão negativa dos fatos e situações e preocupação constante.

Sintomas físicos

Por mais que se trate de um problema psicológico, os sintomas físicos são reais e podem indicar um quadro de estresse elevado. Dores de cabeça, no peito e nas costas, diarreia, batimento cardíaco acelerado, imunidade baixa, perda de libido, náuseas e tonturas frequentes são as principais indicações.

Sintomas comportamentais

É possível notar alguns desvios de comportamento de quem anda estressado, como: comer excessivamente ou menos do que se está acostumado, isolar-se socialmente, dormir por muito tempo ou apresentar quadros de insônia, procrastinar ou negligenciar as responsabilidades e aumentar o consumo de álcool ou drogas.

Há, ainda, outros hábitos que indicam ansiedade, como roer as unhas ou mexer as pernas enquanto está parado.

Sintomas emocionais

Quem sofre de estresse também pode desenvolver alguns problemas com sensações e emoções evidentes, como mau humor ou mudança de humor constante, incapacidade de relaxamento, agitação em excesso, sentimento de estar sempre sobrecarregado, sozinho e isolado socialmente, infelicidade e depressão.

Os sintomas do estresse no trabalho

Todo o corpo sofre quando um indivíduo está estressado, inclusive a mente e as emoções. Embora afete todo o cenário, gera impactos ainda mais intensos no ambiente de trabalho e na forma de produzir.

Como a alta competitividade, a sobrecarga de tarefas e a tensão nas relações interpessoais são grandes causadoras do quadro, o espaço profissional é diretamente afetado.

Assim, veja os principais pontos que indicam que há um problema:

Baixa produtividade

A parte cognitiva é severamente afetada pelos altos níveis de estresse, e a concentração, a memória e o aprendizado são prejudicados. Além disso, existe uma desmotivação severa, já que o trabalho traz mais preocupações do que satisfação e realização pessoal.

Combinados, esses fatores levam a uma queda intensa na produtividade. O que antes era resolvido em curtos períodos começa a se alongar e consumir grande parte da rotina. Além de afetar o trabalhador, causa impactos na equipe, como a diminuição dos resultados obtidos e o acúmulo de tarefas.

Insatisfação profissional

Outro indicador no ambiente organizacional é a baixa satisfação com a profissão, com o espaço e com a própria atuação. Quem está estressado produz menos e, com isso, precisa trabalhar por um período maior. Mesmo assim, sempre surge a sensação de que falta completar algo.

Em vez de ir atrás de metas, o funcionário começa a correr contra o tempo. É comum haver a perda de prazos ou o subaproveitamento da capacidade e dos recursos. Como consequência, há animosidades com gestores e colegas e uma grande insatisfação no campo profissional.

Problemas de saúde

Já que o quadro pode causar efeitos físicos, a saúde começa a sofrer. Algumas reclamações, como aumento da frequência cardíaca e até da pressão arterial, não são incomuns. Também há um acúmulo de tensão nas áreas osteomusculares, o que gera dores crônicas, como nas costas e ombros.

Há, ainda, o surgimento de incômodos, como dores de cabeça, enjoos e insônia, a qual leva à falta de descanso. Além de tudo, ficou provado que o estresse prejudica a imunidade, o que aumenta a suscetibilidade a infecções variadas.

A identificação dos sinais

Por mais que a condição mexa intensamente com as emoções e sensações, a ponto de levar à perda de perspectiva, é preciso ouvir os sinais do corpo. Profissionais de RH, por sua vez, devem ficar atentos aos sintomas em funcionários, de modo a agir para melhorar a qualidade de vida organizacional.

Para driblar os obstáculos desse momento, veja o que deve ser feito para uma identificação adequada:

Analise seu nível de cansaço

Mesmo o trabalho que depende apenas da intelectualidade é capaz de causar cansaço físico. Contudo, níveis elevados apontam para o estresse. Isso porque o corpo fica em estado de alerta e gasta mais energia — mesmo que o nível de atividade não tenha aumentado.

Para completar, a falta de horas de sono — seja pela insônia ou pelo acúmulo de atividades — e o baixo nível de lazer também contribuem para elevar a sensação de cansaço.

Observe como anda o seu desempenho

Outro ponto que deve ser observado é o desempenho no trabalho. Caso não tenham ocorrido transformações drásticas, como a mudança no sistema de tecnologia ou na metodologia, o estresse é o principal motivo da queda de performance.

Fazer mais horas extras, perder prazos com maior frequência e conseguir acompanhar, com menos intensidade, as transformações são situações que apontam para o problema.

Fique atento à saúde

Igualmente, preste atenção na qualidade de vida e de saúde, em geral. Quem começa a consumir remédios com maior frequência e sem um motivo específico, como uma doença crônica, deve ligar o sinal de alerta.

O aumento de dores e incômodos, bem como a sensação de estar constantemente indisposto, facilita a identificação de que a ajuda é necessária.

O diagnóstico do quadro

O estresse se manifesta de diversas formas e não é preciso que uma pessoa apresente todos os sintomas para o quadro ser diagnosticado. Sempre que algum dos sintomas for excessivo ou atrapalhar a rotina, é sinal de que é necessário colocar o pé no freio e buscar orientação.

Muitas vezes, quem sofre de estresse não reconhece o quadro sozinho, devido à situação de tensão em que se encontra. Por isso, se algum amigo ou familiar estiver sofrendo com os sintomas citados acima, procure tranquilizá-lo e oriente-o a buscar ajuda.

Agora que você já sabe o que é o problema e quais são os sintomas, que tal ajudar seus amigos e compartilhar este texto em suas redes sociais? Vamos lá! 

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