Você sabia que o cérebro tem intensa atividade elétrica e, com isso, vibra? Tal vibração provoca as ondas cerebrais. Esses sinais elétricos acompanham nossos estados mentais e suas frequências podem ser mais lentas ou mais rápidas.

A quantidade de oscilações é capaz de apontar até mesmo desequilíbrios psíquicos ou lesões cerebrais. Por outro lado, em condições ideais, as ondas cerebrais têm consequências positivas tanto no âmbito individual como no coletivo — é o caso das relações interpessoais no trabalho.

Vamos entender o que são as ondas cerebrais e como elas se comportam nos diferentes estados mentais? Confira nas linhas a seguir.

Como se organizam as ondas cerebrais?

As ondas cerebrais são medidas em Hertz (Hz) e reproduzidas por meio do EEG (eletroencefalograma). Criado pelo médico alemão Hans Berger, na década de 1920, esse exame tornou possível caracterizar essas ondas e verificar fenômenos considerados normais ou anormais.

O primeiro trabalho de Berger sobre o assunto foi o Über das Elektrenkephalogramm des Menschen (sobre o EEG em humanos), o volume 1 de uma série de 23 publicações. Ali está detalhada uma quantidade considerável de fenômenos, desde diferentes cargas de esforço mental até lesões cerebrais.

Como as ondas cerebrais se relacionam com nossos estados?

Você verá a seguir o que representa cada uma das ondas cerebrais e como as oscilações se comportam nos diferentes estados de pensamento. Confira!

Delta (1 a 3 Hz)

As ondas cerebrais Delta são as mais lentas. São experienciadas durante o sono profundo e sem sonhos ou em meditações muito profundas. Também são encontradas com mais frequência em bebês e crianças pequenas. 

  • alta ocorrência: lesões cerebrais, problemas de aprendizado, incapacidade de pensar e TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) grave;
  • baixa ocorrência: incapacidade de descansar e revitalizar o cérebro. Falta de sono.
  • equilíbrio: bom sistema imunológico, cura natural e sono restaurador;
  • formas de aumentar: com tranquilizantes ou ao dormir.

Theta (3,5 a 8 Hz)

As ondas cerebrais Theta também ocorrem com mais frequência durante o sono, bem como são dominantes durante a meditação profunda. Elas contribuem para nossa intuição, criatividade e nos fazem sentir mais naturais. 

  • alta ocorrência: TDAH, depressão, hiperatividade, impulsividade e desatenção;
  • baixa ocorrência: ansiedade, baixa consciência emocional e estresse;
  • equilíbrio: criatividade, conexão emocional, intuição e relaxamento;
  • formas de aumentar: antidepressivos e tranquilizantes.

Alfa (8 a 13 Hz)

As ondas Alfa ocorrem predominantes em estados de profundo relaxamento, meditação ou transe hipnótico. Trata-se da frequência entre o pensamento consciente e a mente subconsciente. 

  • alta ocorrência: sonhar acordado, incapacidade de concentração e forte relaxamento;
  • baixa ocorrência: ansiedade, estresse, insônia e TOC (Transtorno obsessivo-compulsivo);
  • equilíbrio: relaxamento e bem-estar;
  • formas de aumentar: álcool, maconha, relaxantes e antidepressivos.

Beta (12 a 33 Hz)

As ondas Beta estão associadas à consciência normal, a um estado elevado de alerta, ao pensamento lógico e ao raciocínio. Em quantidade ideal, mantêm a concentração para o trabalho, os estudos ou o desempenho esportivo. No entanto, em excesso, geram um alto estresse prejudicial.

  • alta ocorrência: ansiedade, excitação, incapacidade de relaxar e estresse;
  • baixa ocorrência: TDAH, devaneios, depressão e baixo raciocínio;
  • equilíbrio: foco, memória elevada e resolução de problemas;
  • formas de aumentar: café e bebidas energéticas.

Gama (25 a 100 Hz)

As ondas cerebrais Gama têm frequência altíssima, provenientes de diversas informações cerebrais. Difíceis de captar em um EGG, até recentemente pouco sabíamos sobre elas. Estão ligadas ao estilo de aprendizado, recebimento de novas informações e aos estados plenos de felicidade. Costumam aparecer fortemente também na fase do sono REM (Rapid Eyes Moviment ― Movimento Rápido dos Olhos).

  • alta ocorrência: ansiedade, excitação e estresse;
  • baixa ocorrência: TDAH, depressão e dificuldade de aprendizagem;
  • equilíbrio: alto raciocínio, processamento de informação, aprendizagem, percepção e sono equilibrado;
  • forma de aumentar: meditação.

O ambiente corporativo pode ser uma alta fonte de estresse, o que pode levar à criação de percepções individuais que nem sempre correspondem à realidade. Por esse motivo, incentivar o conhecimento sobre as ondas cerebrais em sua empresa pode auxiliar seus colaboradores no processo de autoconhecimento e evitar práticas que levem ao desequilíbrio mental e emocional.

Você já conhecia o funcionamento das ondas cerebrais? Deixe suas opiniões e percepções acerca do assunto nos comentários aqui embaixo!

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