O ritmo acelerado de trabalho e a pressão social — e até mesmo pessoal — podem levar ao estresse, tão comum nos dias atuais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 90% da população do mundo apresenta sintomas de estresse.

No Brasil, cerca de 70% da população sofre de estresse, o que coloca o país como o segundo mais estressado do mundo, em um ranking de dez países, segundo levantamento da International Stress Management Association (Isma-Brasil). Os brasileiros ficaram atrás apenas dos japoneses.

Mas você sabe o que é estresse? A expressão se popularizou e é comum as pessoas acharem que após um dia de trabalho exaustivo, filas e trânsito elas estão com estresse.

Na verdade, o estresse é uma característica biológica do ser humano de reagir física e psicologicamente a pressões e situações que representem ameaças.

Os sintomas não aparecem de um dia para o outro. Existem fases do estresse e é esse assunto que vamos adentrar neste artigo. Continue a leitura para saber mais:

Quais são as fases do estresse?

estresse passa por um processo de desenvolvimento até chegar ao esgotamento físico e mental. Existem quatro fases do estresse. São elas: alerta, resistência, quase-exaustão e exaustão.

Alerta

Nessa fase, o estresse é positivo, pois estimula a produção de mais força e energia para superar o desafio ou ameaça identificado pelo organismo. Ocorrem mudanças hormonais que geram sentimentos positivos, como motivação e coragem, que levam o indivíduo a ser mais produtivo.

Apesar de ser uma fase boa, a fase de alerta já começa a dar sinais físicos e mentais de que algo não está certo. É comum sentir dificuldade para dormir, devido à alta produção de adrenalina; os músculos ficam tensos e a pessoa pode apresentar taquicardia, sudorese, respiração ofegante e irritabilidade.

Resistência

Na segunda fase do estresse, o corpo aumenta a capacidade de resistência além do que podemos suportar para tentar manter a homeostase interna. É uma tentativa de voltarmos ao nosso estado são. O organismo busca um reequilíbrio físico e mental devido ao gasto de energia excessivo que ocorre nessa fase.

Geralmente, o cansaço físico e mental é o principal sintoma. Mas outros sintomas, decorrentes ou não do cansaço constante, também são comuns na fase de resistência. Os principais são lapsos de memória, perda de apetite, queda de cabelo, problemas na pele e bruxismo.

Quase-exaustão

Nesse estágio do estresse, a tentativa de resistência realizada na segunda fase já é praticamente ineficaz e as defesas do corpo começam a falhar. Em alguns momentos, o organismo ainda consegue resistir, por isso é comum que a pessoa apresente variações de humor, alternando entre momentos de bem-estar e momentos de cansaço e ansiedade.

O quadro de sintomas começa a se acentuar. O cansaço é mais intenso e a ansiedade é uma característica comum dessa fase. Algumas doenças relacionadas ao estresse também podem surgir, porém com sintomas mais amenos aos apresentados na última fase.

Exaustão

Na última fase do estresse, o indivíduo já não consegue se manter física e psicologicamente bem para realizar suas atividades diárias. O cansaço se torna crônico e doenças mais graves começam a aparecer.

É comum o indivíduo desenvolver úlcera, insônia, diabetes, hipertensão, dificuldades sexuais, depressão e Síndrome de Burnout. Nessa fase, é preciso procurar ajuda profissional para se recuperar, pois o corpo está em completo estado de exaustão e não consegue se restaurar sozinho.

Como vimos, as fases do estresse vão se tornando cada vez mais complicadas e, em casos mais sérios, o estresse pode levar à morte. Por isso, é muito importante nos atentarmos para os primeiros sintomas do estresse para que o quadro não se agrave. Quando mais cedo o diagnóstico for feito, maiores são as chances de reduzir os sintomas.

 

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