Olá leitores da Call Daniel, como vocês estão hoje? 
 
Estamos continuando o envio das 52 reflexões semanais do David Allen, traduzidas livremente do seu segundo livro, “Ready for anything”, onde ele traz textos para aprofundamento no GTD. Nossa querida Thais Godinho teve a brilhante ideia de compartilhar com o time da Call Daniel e nós estamos tomando a liberdade de enviar a cada semana para todos os assinantes do Blog “Dicas Call Daniel”.
 
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Sobre o tema da semana: Quando você não tira seus comprometimentos da mente e os revisa regularmente, eles continuam inconscientemente forçando sua “memória RAM” a te lembrar de todos eles, sejam grandes ou pequenos, pessoas ou profissionais. Essa parte da sua psique, no entanto, não tem qualquer senso de passado e futuro, então ela fica te lembrando aleatoriamente de todos os seus laços abertos, o que cria frustração interna e ansiedade. Uma parte criativa sua tenta fazer duas coisas ao mesmo tempo, o que é impossível. Mesmo assim, a mente não desiste. Continua tentando e tentando…

 

GTD é reativo ou responsivo?

O David já ouviu algumas vezes que o GTD é mais reativo que outros programas de produtividade, que costumam dar mais ênfase nas prioridades e ao “grande cenário” inicialmente. Ele diz que até entende essa crítica, porque muito do nosso trabalho é ensinar as pessoas como lidar com os papéis sobre a sua mesa, seus milhares de e-mails na caixa de entrada e em todos os posts-its mentais com lembretes de coisas que precisam ser feitas. Gastar tempo com todas essas coisas ao nosso redor pode parecer uma abordagem reativa, mas será que é mesmo?

 

Você deixou esses inputs entrarem em seu mundo, fisicamente e psicologicamente, e sua reação a eles (ou a falta de uma reação) está afetando diretamente a sua habilidade de ficar no comando de todos os seus recursos psicológicos. O processo do GTD (gentilmente) força você a reagir a eles. O que são? Qual seu compromisso com eles? Qual é a próxima ação necessária para completar aquele compromisso? O que você precisa pensar a respeito e organizar a fim de expedir cada item apropriadamente?

 

Nós não deveríamos então começar pelas super-prioridades? Pelas metas, valores, propósitos e objetivos estratégicos? Não seria melhor ser mais pró-ativo, criativo e pensar adiante em vez de focar nos detalhes do passado? Claro! Mas uma grande razão pela qual nós geralmente começamos de outra maneira é que é quase impossível focar no grande cenário quando a vasta maioria da sua energia está envolvida nos “laços abertos” psicológicos do seu mundo. Para que você consiga efetivamente acessar seu fluxo criativo com mais facilidade e efetividade, você precisa liberar a sua memória RAM.

 

Ah, e tem outra razão também pela qual nós aprendemos a processar todos esses detalhes atuais da nossa vida: nós estamos treinando um comportamento poderoso, produtivo e pró-ativamente responsivo. Muitas pessoas que declaram serem “guiadas por suas prioridades” acabam lidando com elas apenas quando as mesmas alcançam um certo nível de urgência e imediatismo. Quando você ignora tudo aquilo que ainda não é crítico mas ainda assim é algo importante dentro da sua realidade, você na verdade está sendo mais reativo que responsivo. Se você pensa que as minúcias ao seu redor vão desaparecer assim que você tiver uma direção clara, nova e positiva, repense. Você apenas deve expedir todos esses detalhes de acordo com uma nova perspectiva. Arquive-os, faça-os, delegue-os ou adie-os para fazer em um dia específico.

 

Aprender a responder efetivamente e eficientemente a todas as coisas que chamam a sua atenção é um comportamento magistral. Você sempre terá prioridades e elas certamente vão crescer à medida que você for amadurecendo. Elas podem tornar até mais fácil decidir coisas como “que revista devo ler” ou “que e-mail devo trabalhar primeiro”. Mas a habilidade de processar cada coisa de forma clara e limpa, e expedir o que quer que seja que apareça em sua vida, não emerge automaticamente apenas com você identificando essas prioridades.

 

Mesmo quando você reconhece e se compromete com uma meta ou visão, você ainda precisa reagir a ela para que consiga se expressar e você consiga concluir aquilo. Responsabilidade é justamente isso. À medida que você se sensibiliza e treina a si mesmo para acessar e expedir qualquer coisa apropriadamente, você aumenta sua maturidade para fazer o mesmo até com resultados maiores (objetivos, visão, propósito).

 

Com certeza o GTD vai nos guiar para termos esse alinhamento com nós mesmos, desde os projetos, até a descrição do nosso trabalho, as áreas-chave de foco, os objetivos de curto prazo, as visões de longo prazo e a razão final da nossa existência. Mas o David prefere ensinar isso depois que você terminou de processar todos os detalhes em andamento da sua vida e trabalho e ter ganho a disciplina para fazer o mesmo com todas as coisas de agora em diante. Se você não souber dominar o papel que está sobre a sua mesa ou o e-mail que está na sua caixa de entrada, é um sinal que você está perdendo um componente-chave para lidar com qualquer outra coisa.

 

Por sinal…

  • ​O que ainda está martelando em sua mente, lembrando você de algo que você prometeu a si mesmo que faria de maneira diferente?
  • Você tem evitado lidar com algo hoje? O quê? Por que você pensa que esse mesmo algo não estará na sua vida amanhã? O quão útil seria tirar isso da sua mente agora mesmo?
Boa semana!

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