Se você quer saber qual caminho seguir, há duas coisas que você precisa entender: aonde você quer chegar e onde você está. Se você está olhando um mapa para ir a algum lugar, é crucial identificar a sua localização atual, bem como o seu destino.

 A falta de uma realidade presente adequadamente identificada e aceita pode enfraquecer a conquista de um objetivo, por mais claro que ele seja. No meu trabalho com milhares de pessoas ao longo dos anos, eu tenho ajudado a resolver algumas das situações mais espinhosas e a dar o pontapé inicial dos projetos mais “encalhados”, simplesmente fazendo as perguntas certas e buscando trazer à luz um inventário objetivo de dados atualizados e relevantes. Quanto dinheiro realmente há no banco? Quantos clientes temos de verdade? Como que os indivíduos estão se sentindo na equipe? O que a concorrência está fazendo na realidade? Quantas pessoas têm sido literalmente deixadas de lado nos últimos seis meses? Onde está o gráfico das receitas dos últimos cinco anos? E outras perguntas como estas.

Empresas, departamentos e indivíduos podem ter grandes metas, até mesmo bem expressas e claras, e ainda assim pode haver falta de energia, ou uma ausência de ações concretas sendo definidas e colocadas em ação. Grupos se digladiam em relação a coisas insignificantes ou detalhes e parecem não entrar nos eixos. E o maior problema de tudo isso é que eles não esclarecem qual é o real problema. Nessa situação, eles estão tentando construir uma casa sobre a areia. Não há fundações no chão. Não há sustentação.

Por esse motivo, ser claro sobre “O que é” das coisas funciona como mágica. Porque:

  •       Executivos precisam de números;
  •       Dizer “todos que são importantes estão deixando a empresa” (o drama), cria um ambiente negativo; por outro lado, dizer que “Beth Smith disse que estava pensando em outra carreira” (os dados) permite um direcionamento produtivo;
  •       Boas relações começam com curiosidade (acerca do que é verdade) ao invés de controle (aquilo que deveria ser verdade)
  •       Manter a moral da equipe elevada em tempos de mudança requer atualizações frequentes acerca do que está realmente acontecendo
  •       Capturar, monitorar e revisar todos os seus compromissos, projetos e ações transformam um sentimento de sobrecarga em uma experiência tranquila de ter tudo sob controle
  •       Reconhecer que você tem medo é o começo do processo para vencê-lo
  •       Aceitação (vs. resistência) é a primeira ação do crescimento espiritual

O grande desafio é encarar a realidade atual de frente sem deixar que ela “pegue você” e faça com que você não dê tanta importância em programar o futuro. Os contadores de feijão são um componente importante da equipe. Você precisa saber quantos feijões tem. Mas se a única coisa que você faz é proteger os seus feijões atuais, em breve você não terá mais grãos para contar. Não dirija olhando somente para o retrovisor.

 Uma mentalidade que visa resultados positivos é crucial para você se sentir realizado. Mas se você está focando somente na “visão” e resiste em ter um olhar prático e objetivo para o contexto ao seu redor ao mesmo tempo, provavelmente você acabará preso nessa realidade. Pular diretamente para as garras do leão e confrontar o que está realmente acontecendo e, ao mesmo tempo, não perder o foco em um futuro desejado que ainda não foi conquistado é a marca registrada da alta performance.

 Fácil? Não se engane. Essa não seria a realidade.

 O pessimista reclama do vento; o otimista espera que ele mude; o realista ajusta as velas e segue viagem.

 

Por: William Arthur Ward

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